Políticas de Estado

Os debates eleitorais trouxeram à discussão a eventual continuidade ou não dos que são chamados de Programas de Governo

Autor: Marcos FontesFonte: O Autor

Os debates eleitorais trouxeram à discussão a eventual continuidade ou não dos que são chamados de Programas de Governo. Logicamente estamos falando de bons Programas de Governos passados e que trouxeram grande legado e que não se questiona a validade de sua continuidade, pelo menos neste momento de discussão acalorada da campanha eleitoral.

Estamos falando de Programas como O Bolsa Família (união várias de Bolsas de outro governo) e do Programa Minha Casa Minha Vida, criado em 2009 como uma medida temporal e anticíclica com o fim de amenizar os efeitos no Brasil da crise financeira americana de 2008.

 

Nenhum postulante à cadeira de presidente haveria de questionar a validade destes dois “Programas”, pois trouxeram resultados inquestionáveis para a sociedade e para a economia, gerando emprego e renda e proporcionando inclusão e mobilidade econômica para as classes C e D principalmente. Aqui não vamos analisar a dosagem e a forma de aplicação destes “Programas”, mas tão somente a validade deles como medida eficaz.

 

Pois bem, defendemos que para estes casos, de inquestionável validade, que o “Programa” alce a condição de “Política” de ESTADO. Desta forma teríamos várias vantagens. Vamos debater somente o PMCMV pois para o Bolsa Família daria um outro texto deste. A primeira delas seria a ininterrupção orçamentária, situação que afeta de forma direta principalmente os empreendedores que investem tempo e dinheiro na tramitação de projetos de empreendimentos habitacionais sem ter a certeza de que o Governo vai comprar aquele projeto.

 

Uma segunda vantagem seria a estabilidade de preços e de condições de pagamento pois não estaria sujeito a questões de insegurança, orçamento governamental e de estratégias tesoureiras de superávit das contas públicas.

 

Com pequenas adaptações permitidas pelos então Governos de plantão, estas “Políticas de Estado” não poderiam ser interrompidas durante cada mandato e representariam segurança jurídica para investidores e empreendedores. Com regras claras, novosfunding poderiam ser agregados, desonerando o recurso público e subsidio elevado que a sociedade paga.

 

Caso o Executivo ou o Legislativo tenham dúvida da eficácia de transformar um determinado “Programa de Governo” em “Política de Estado” poderiam fazer consulta à população, via plebiscito. Caso queiram investir pouco nesta pesquisa, podem lançar a dúvida num destes populares sites de relacionamento.

Portanto, menos Governo e mais Estado.

 

Marcos Fontes é professor de Economia da IBE-FGV especialista nas áreas de Finanças e Imóveis com ênfase em crédito imobiliário e construção civil.

Links Úteis

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7955 5.7965
Euro/Real Brasileiro 6.0976 6.1125
Atualizado em: 26/11/2024 09:49

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%